2020
A obra parte de uma reflexão sobre espaço construído, discurso e violência. Nela sobrepomos publicidades antigas de edifícios e seus referentes. As imagens foram construídas na imersão em um acervo de 4.000 anúncios dos anos 1970 em Recife, quando a moradia vertical se consolidava na cidade e o mercado necessitava suplantar as associações pejorativas que uma moradia coletiva denotava. Ao partir do urbano, pretendemos ancorar geograficamente as relações de poder que nos perpassam e com as quais, independente de nossa vontade, contribuímos. Com isso buscamos deslocar sentidos e evidenciar quão violenta é a constituição de uma cidade.
*trabalho feito em parceria com Guilherme Benzaquen
