"A relação íntima entre pele orgânica e cerâmica me fez mergulhar no universo feminino encontrando na vagina a forma emblemática para tratar de questionamentos sobre o assunto infinitamente.2000/2019"
O toque, a sensualidade, o contato com a matéria/barro fez com que o corpo em suas mais diversas dimensões se apresentasse inicialmente para contemplação, ( individual, "A pele é o que separa o corpo do mundo",2005). A relação entre pele e cerâmica desencadeia a criação da fôrma do corpo-pélvis (Corgo - "impressões sobre minha vagina", sala/instalação - coletiva, 2002) e conseqüentemente na revelação da intimidade, tratando-se de um processo em "exposição" do corpo e também da "desvelação de um terreno íntimo". Essas experiências e deslocamentos, intimidade com a matéria, estreitamentos da relação arte e vida, sofre uma radicalização quando da construção, lapidação e destruição do objeto/corpo feito de barro, representação e cópia de (minha) imagem vividoa na (individual - “Tempo de Carne e Osso”, 2004) trazendo como consequências o,a destruição da série "impressões sobre minha vagina", (performance - "O que você faria se estivesse em meu lugar?", 2004). Esse registro performático guardado durante 15 anos se junta a “Marcha das Vadias” (defesa dos direitos, espaço e proteção da mulher, que tem como mote o estupro de uma jovem por 33 homens em 2016) para enfim se transformar no (vídeo-arte “O que você faria se estivesse em meu lugar?, 2019).
> veja as obras no site https://christinamachado.art/