Matéria escura #03, 2015, impressão s/canvas montada em chassis, 137x88 cm, edição de 5
Na série Matéria escura o ponto de partida são imagens das pinturas de Caravaggio, uma referência para Veiga pelo seu uso do espaço, incluindo e ativando o “vazio”, o intervalo entre personagens, objetos e arquitetura. As suas cores são eliminadas e é apagado tudo o que não seja roupa e panejamentos. Esse trabalho se conecta com a produção atual do artista, sejam as pinturas que também incluem o “vazio”, como o trabalho de espaço na série Hubble. Nele os tecidos que envolvem as figuras, objetos, etc., ganham conotação de tecido cósmico. O título refere-se a um novo tipo de matéria que não interage com a luz. Sua presença é inferida pelo efeito gravitacional causado por ela sobre a matéria visível. Transpondo esse raciocínio, a matéria escura de Manoel Veiga é inferida pela curvatura dos tecidos.