Na performance Meu abismo, a artista Renata Caldas caminha por uma fita de moebius (infinito) de oito metros de extensão e nove centímetros de largura. Aos poucos, a fita desdobra-se em diferentes formatos como elemento gráfico dinâmico. A obra apresenta um passeio inquieto por um abismo múltiplo; concreto e metafórico; particular e coletivo. Criada pelo matemático e astrônomo alemão August Ferdinand Möbius em 1858, a fita de moebius tem como uma de suas características mais fascinantes ser um "objeto não-orientável", ou seja, impossível de determinar qual seria sua parte de cima ou de baixo, de dentro ou de fora. O trabalho dialoga com o icônico Caminhando, de Lygia Clark, e fez parte de sua pesquisa de mestrado em Artes Visuais na UFPE. Assim como no trabalho anterior, É permitido chorar, a proposta extrapolar os limites de espaços expositivos. Desta vez, há apenas um momento específico em que o público é convidado a interagir diretamente com a performer.
A obra esteve nos eventos: Festival Cena Cumplicidade – (Recife); 2ª Semana de Artes Visuais da UFPE; Exposição Atos de Mover (Galeria Capibaribe); Seminário Corpo, arquivo e reagências (CAC/ UFPE); Exposição Risco Atelier Aberto (Museu Murillo La Greca), Festival de Inverno de Garanhuns - FIG 2019 (Galeria Galpão, Praça Relógio das Flores e Praça da Palavra) e Festival Internacional Cena Contemporânea (Espaço Cultural Renato Russo - Brasília).
2018